Professores na ETA (Foto: Tiago Degaspari) |
Nesta quinta-feira, professores e coordenadores de escolas municipais visitaram a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Água da Serra, após passarem pela Estação de Captação Jaguari, dia 20, e pela Estação de Tratamento de Água (ETA), dia 21, concluindo o ciclo da água, que começa na captação da água bruta do rio, passa pelo tratamento para consumo humano e termina no tratamento do esgoto, gerado após o consumo da água em ações cotidianas do ser humano.
A capacitação da rede de ensino faz parte da abertura da Semana da Água 2012, organizada pelas Secretarias de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades e da Educação, com o apoio da concessionária Foz do Brasil. A Semana da Água é um Programa de Educação Ambiental desenvolvido pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), e em Limeira sua programação acontecerá de março a setembro nas escolas da Rede Pública e Particular, participantes do evento.
A proposta é capacitar os profissionais da rede de educação para que durante todo o ano apliquem nas escolas as informações sobre os recursos hídricos da região; a realidade de Limeira no saneamento básico e ações de educação ambiental, sensibilizando a população para o uso consciente desse recurso natural.
Tratamento do esgoto
Na ETE Água da Serra, os profissionais conheceram todo o processo de tratamento do esgoto e visualizaram passo a passo como esse efluente chega à estação, bastante escuro e com cheiro forte, finalizando o processo com o lançamento de uma água tratada, transparente e sem odor no Ribeirão Águas da Serra, após todo o tratamento para a retirada da carga poluente.
O tratamento do esgoto é uma das principais ações para a preservação dos mananciais. Após tratada, muitas vezes a água é devolvida ao rio mais limpa que ele próprio. Em Limeira, todo o esgoto gerado passa por tratamento em uma das quatro ETEs, mas infelizmente essa não é a realidade do Brasil.
Segundo a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), 25% dos municípios brasileiros têm problema de falta ou racionamento de água, aproximadamente 10 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, 51,7% da população urbana brasileira não tem esgoto coletado e apenas 32,2% tem esgoto tratado, o restante é lançado sem tratamento algum na natureza poluindo rios, mananciais e praias, contribuindo com a proliferação de doenças e aumento nos custos com saúde pública.
Para o diretor da Foz do Brasil, Sandro Stroiek, o caminho para preservar água para o futuro está na recuperação da mata ciliar; na preservação das nascentes; na diminuição das perdas de água por vazamentos e no tratamento dos esgotos. “Quando estou em uma ETE e vejo a água retornando cristalina para o rio tenho esperança de que um dia o problema do saneamento será solucionado. É possível tratar os esgotos, basta direcionar os investimentos de forma correta”, avalia Stroeik.
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