quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Caminhada em vez de lixo, pedem moradores

(por André Montanher, para o Jornal de Limeira)


Moradores da avenida Prefeito Ary Levy Pereira, uma das mais importantes e movimentadas do Parque Nossa Senhora das Dores, parecem estar sendo esquecidos pela prefeitura. É que pelos cerca de dois quilômetros de extensão da via, não existe um item que é básico na maioria das ruas do município - a calçada.

Os moradores dizem que no local foi prometido um trabalho de urbanização e a construção do passeio. "Isto ocorreu em 2009, quando a Secretaria do Meio Ambiente veio retirar algumas árvores frutíferas que estavam crescendo na via. As árvores saíram, mas até hoje nada de calçada", reclama a secretária Raquel Santicioli.

Ela diz que a falta da calçada leva perigo a quem passa pelo local, principalmente no final da tarde, quando o movimento de carros aumenta. "A calçada de um lado da rua é insuficiente e as pessoas acabam andando pela rua. O perigo maior é que por ser muito extensa, a avenida acaba estimulando a alta velocidade por parte dos veículos e os atropelamentos são constantes", emenda.

Além disso, a área verde sem calçada fica vulnerável à ação de vândalos, que despejam uma grande quantidade de lixo e entulho no local. "Quanto mais parece abandonado, mas esta gente despeja lixo. E o acúmulo ainda gera a proliferação de ratos e baratas, que acabam entrando nas nossas casas", reclamou a balconista Rita Mendes, outra moradora.

A dona de casa Sebastiana Corrêa, mais uma que reside na área, aponta entre os objetos abandonados muito acúmulo da água das chuvas, o que pode servir de criadouro para o mosquito da dengue. E resume a situação dos moradores. "É uma população bastante grande que reside aqui e que está totalmente esquecida pelo Poder Público".

PISTA DE CAMINHADA
A aposentada Tereza Dias Tavares, outra que também mora na avenida, sugere uma alternativa que, além de aumentar a segurança dos pedestres e desestimular os vândalos que despejam lixo no local, poderia oferecer uma alternativa de lazer para a região. "É uma pista de caminhada, que poderia se estender por toda a avenida Ary Levy Pereira", explica.

De acordo com ela, a pista poderia amenizar a situação do bairro, bastante carente de estruturas públicas de lazer. "Se for bem planejada, ela pode contemplar uma ciclovia e até alguns brinquedos para as crianças. Garanto que seria muito utilizada pela população que quer se exercitar", apontou Tereza.

Questionada pelo JL, a prefeitura encaminhou as solicitações às secretarias pertinentes. A Secretaria do Meio Ambiente informa que vai enviar uma equipe para retirar o lixo do local. A Secretaria de Obras prometeu estudar a criação de uma pista de caminhada na via e a Secretaria dos Transportes anunciou estudos para a implantação de um radar no local.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Brasil vai sediar comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente

Notícia publicada no blog do gestor ambiental Tiago V. Georgette, Ação na Caminhada.


Brasília - O Brasil sediará as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado no dia 5 de junho. O tema deste ano será "Economia Verde: Ela te inclui?".

O anúncio foi feito hoje (22) em Nairobi (Quênia), onde a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu-se com o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner.

As comemorações vão ocorrer três semanas antes de o Brasil sediar a Rio+20, encontro que vai discutir os progressos do desenvolvimento sustentável nos últimos 20 anos, além dos futuros desafios para o meio ambiente.

Há duas décadas, o Brasil sediou as comemorações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, durante a Cúpula da Terra.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quaresmeiras enfeitam estação quente do ano

(por Junia Mariano - secretária de Comunicações da Prefeitura de Limeira)

Foto: Eduardo Zanzirolamo
Quem observa a paisagem de Limeira com um pouco mais de atenção, pode se surpreender e se encantar com o belo cenário formado pelas Quaresmeiras, que começam a florescer. O roxo vistoso das flores seduz e rouba a cena nos finais de tarde de verão em avenidas, praças e largos da cidade. Estas árvores florescerão até o final de março. Na área central e no Cemitério Saudades está a maior concentração de Quaresmeiras plantadas em perímetro urbano.

O engenheiro agrônomo e diretor de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades, Nilson Nogueira, explica que, na arborização urbana, a Quaresmeira, cujo nome científico é “Tibouchina granulosa”, tem fins paisagísticos, pela beleza de suas flores e por não apresentar raízes agressivas, o que permite o seu plantio em diversos espaços - em calçadas, pequenos bosques ou parques públicos.

As árvores, segundo Nogueira, têm crescimento rápido e trazem inúmeros benefícios, por exemplo, proporcionam uma bela paisagem e contribuem para melhorar o clima da cidade, além de produzir sombra, reter a poeira, servir de abrigo e fornecer alimentação para as aves da região onde se encontram e reduzir as ilhas de calor, oriundas do efeito estufa. “As Quaresmeiras embelezam a paisagem urbana e desempenham papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população”, destaca Nogueira.

Histórico
A origem do nome se deve ao fato de que parte da floração mais intensa é próxima ao período religioso da Quaresma, que vai da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa, período de reflexão para os católicos. Outra coincidência é a cor símbolo da Páscoa, o roxo. Porém, registros históricos revelam que as flores da planta eram usadas para ornamentar colares dos índios das praias de Paquetá (RJ), antes do ano de 1566.

Na mata nativa, as quaresmeiras vivem em média 70 anos, período esse reduzido drasticamente quando são plantadas em centros urbanos, já que o monóxido de carbono emitido pela combustão de veículos, o ozônio, a falta de adubação, podas drásticas e o pequeno espaço para absorção de água e nutrientes em seus canteiros comprometem sua longevidade. Além disso, esses fatores associados ao “stress” hídrico levam à floração, é nesse momento que as plantas “percebem” que terão vida mais curta e produzem mais flores para garantir mais sementes e mais descendentes. A floração é a forma de perpetuação da espécie. Nas Quaresmeiras, as mais velhas vão ficando cada vez mais exuberantes.

Ecoponto do Abílio Pedro recebe revitalização paisagística

(por Secretaria de Comunicações da Prefeitura de Limeira)

Foto: Eduardo Zanzirolamo
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades realizou durante esta semana a mudança de local do Ecoponto do Parque Abílio Pedro. Com a mudança de local, a Secretaria fez um trabalho de revitalização paisagística do espaço, deixando-o mais bonito e agradável.

A Rua Maria J. Mathias, no Abílio Pedro, recebeu 243 metros de calçada ecológica gramada, que permite maior absorção das águas pluviais e, consequentemente, garante menor impermeabilização do solo.

“Também foram plantadas 33 mudas de Quaresmeira, que, num futuro próximo, estarão prestando serviços ambientais para a comunidade que transita pelo local, além de embelezar a região”, destaca o secretário da pasta Domingos Furgione Filho.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mudanças climáticas são extremas e podem causar desastres ambientais

(por Marianne Aroca - estagiária de jornalismo da Secretaria de Comunicações de Limeira)


Foto daqui.
Nos últimos anos, o tempo tem mudado constantemente. Um dia pode fazer sol pela manhã, mas chover à noite, ou pode ter uma semana chuvosa e outra ensolarada.

Para prever o clima com exatidão é preciso considerar a média das variáveis climáticas em um longo período. Segundo o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente, Rogério Mesquita, essas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos.

Estudiosos do tema informam que é natural que a Terra passe por alterações climáticas, esfriando e esquentando em diferentes momentos. Porém, as alterações ocorridas nos últimos anos têm sido mais rápidas e seus efeitos, mais devastadores, o que afeta profundamente a biodiversidade e acaba por desencadear uma série de desastres ambientais.

Mesquita explica que todas essas mudanças são frutos do aquecimento global. “Em um único dia temos as estações verão e inverno juntas, de manhã faz 37º e à noite a temperatura pode cair para 24º, ou vice e versa.”

Mesquita diz que quando tentamos entender como acontecem as mudanças do equilíbrio climático, descobrimos que podem ser causadas por quatro fatores principais: os gases de Efeito Estufa, os aerossóis, a radiação solar e a transformação nas características da superfície terrestre.

Para Mesquita, as atribuições significativas para essa situação referem-se às atividades humanas, que reforçam o Efeito Estufa por meio da queima de combustíveis fósseis, como o gás natural, o petróleo e o carvão mineral. “Ao queimar esses materiais são produzidas substâncias, entre elas, o dióxido de carbono e o metano, que detêm as radiações solares na Terra, causando o aumento da temperatura”, diz.

O biólogo destaca que acordos internacionais, que têm como principal objetivo reduzir a emissão dos poluentes, já foram realizados na tentativa de mudar o quadro do clima. "Esses acordos visam reduzir o efeito estufa em até 80% até o ano de 2050 e pretendem investir 100 bilhões de dólares no meio ambiente, até o ano de 2020".

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Limeira tem boa classificação no Pacto das Águas São Paulo e PCJ

(da Secretaria de Comunicações da Prefeitura de Limeira)

Limeira está classificada em 7º lugar entre os municípios do Estado de São Paulo no Pacto das Águas, ficando com 35 pontos de um total de 45. Já na bacia do PCJ – Piracicaba, Capivari e Jundiaí, Limeira está em 2º lugar (em 1º está Paulínia, com 37 pontos).

Este resultado foi apresentado após avaliação dos municípios. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente certificou nesta terça-feira, 7 de fevereiro, os municípios e Comitês das Bacias Hidrográficas com melhor desempenho no Programa Pacto das Águas São Paulo.

O Pacto das Águas São Paulo visa à recuperação e à conservação da qualidade das águas nos municípios do Estado de São Paulo, através de um conjunto de estratégias para gestão da água. Por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades, a Prefeitura de Limeira assinou em 2009, o Pacto das Águas São Paulo – programa do Governo do Estado, que envolve os municípios, comitês de bacia e sociedade civil para apoiar o documento mundial Consenso da Água de Istambul.

Em outubro de 2011 foram enviadas à Secretaria de Estado de Meio Ambiente as informações sobre as ações implementadas em Limeira desde 2009, para atingir as metas estabelecidas na ocasião.

Para o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, a classificação alcançada pela cidade é um incentivo para as ações ambientais no município: “Ficamos muito felizes com essa conquista, porque em 2009 Limeira não figurava nem entre os 132 primeiros”, disse.

Os 35 pontos foram alcançados com base nos dados fornecidos em outubro de 2011. No entanto, a partir de dezembro alguns índices do município melhoraram com a conclusão das obras executadas pela Foz do Brasil, que elevaram para 90% o volume de esgoto tratado no município.

Por meio do Pacto das Águas São Paulo, dos cerca de 800 signatários do Consenso da Água de Istambul, representando 49 países, 598 são do Estado de São Paulo. Desses, 229 municípios definiram metas e completaram os procedimentos para apontar as ações realizadas.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Reunião discute alternativas a sacolas plásticas

(da Secretaria de Comunicações da Prefeitura de Limeira)

A prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades e da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), reuniu-se com representantes de supermercados de Limeira e região nesta terça-feira, 7 de fevereiro, para discutir alternativas ao uso e oferta de sacolas plásticas.

O biólogo da Secretaria de Meio Ambiente, Rogério Mesquita, explicou a necessidade da mudança: “todo material tem um tempo de decomposição e o tempo do plástico é mais de 100 anos. Ou seja, se avaliarmos a primeira sacolinha existente no mundo, há uns 40 anos atrás, veremos que ela ainda não se decompôs”, disse o biólogo.

Para o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho, o objetivo dessa mudança é estimular hábitos sustentáveis nos consumidores, em benefício do meio ambiente, além de oferecer alternativas confortáveis à sacola plástica. “Essa é uma iniciativa que engloba o Estado como um todo e é preciso pensar em todas as partes afetadas”, explicou ele.

Dentre os ajustes discutidos, o destaque é o prazo de 60 dias que teve início no dia 3 de fevereiro para a desagregação da cultura de utilização de sacolas descartáveis nos supermercados.

O representante do supermercado Zomper, Charles Zomer Pereira, está de acordo com a proposta: “para o consumidor não haverá grandes mudanças, mas para o meio ambiente fará uma enorme diferença”, enfatizou Pereira.

Segundo os representantes do supermercado Enxuto, Daiane Soares e Marcos Aurélio Marcemiro, a empresa pretende aderir à campanha, contanto que esteja de acordo com as normas. “Não querermos que haja nenhum prejuízo ou inconveniente para os clientes”, ressaltou Daiane.

De acordo com os representantes da rede Sempre Vale, Jorge e Djalma Marques, hà 3 anos o supermercado já busca substituir sacolas plásticas por caixas de papelão, como opção para o consumidor. “Somos a favor e temos a intenção de cumprir com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), prosseguindo com a campanha”, disse Djalma.

O coordenador do Procon, José Reinaldo de Campos Júnior, e representantes dos supermercados Caetano, Bolsão de Cereais, Vitória, Bom Mix, Super Bom e Rede Econômica também participaram da reunião. Novos encontros serão agendados futuramente e haverá divulgação das medidas que serão adotadas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Aterro só tem mais 8 meses

(por Renata Caram, para o Jornal de Limeira)


Foto: Arquivo Jornal de Limeira
A fase atual do Aterro Sanitário de Limeira tem apenas mais oito meses de vida útil. O Jornal de Limeira apurou que a prefeitura já se movimenta para a implantação da terceira fase do local. "Estamos preparando a documentação. Esta fase deve ser utilizada por quatro anos", comenta o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho. Quanto ao novo aterro, ele deve ser implantado dentro de dois anos. E ficará do outro lado da via Jurandyr Paixão de Campos Freire - estrada que leva ao Horto Florestal.

O volume de lixo só cresce. No ano passado, foram 210.577 toneladas - a maior parte entulho. Só este tipo de material somou 109.401 toneladas. Em breve, porém, Limeira passará a reutilizar resíduos da construção civil. Agora, com a reutilização desse material, a vida útil do aterro deve aumentar. E muito.

A utilização depende antes de trâmites burocráticos - como processo licitatório -, segundo Domingos. E ela atende a uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). É a de número 307, que proíbe o armazenamento de materiais de construção em aterros sanitários.

Recentemente, a Prefeitura de Limeira obteve licenças da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Elas autorizam o depósito de material em áreas - sejam novas ou não. Uma delas é a ATT (Área de Transbordo e Triagem). Nela é separado o material que pode ser reaproveitado. Pedras, tijolos e cimento, por exemplo, fazem parte do grupo de inertes. "Eles podem ser moídos e transformados em areia", cita Domingos.

Atualmente, os resíduos sólidos são enterrados. Uma parte, porém, é usada dentro do aterro. Inclusive em estradas que dão acesso a ele. Agora, a ideia é usar em obras públicas ou sociais. Quando moído, o material pode ser usado na reforma de estradas rurais e em base para piso de asfalto. Em setembro do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou um substitutivo para regulamentar a coleta, triagem, reutilização, reciclagem e destinação de resíduos da construção civil.

A reutilização gera economia, traz ganhos para a saúde e o meio ambiente, além de aumentar a vida útil do aterro. É menos material a ser depositado no local.