(por Junia Mariano - secretária de Comunicações da Prefeitura de Limeira)
Foto: Eduardo Zanzirolamo |
Quem observa a paisagem de Limeira com um pouco mais de atenção, pode se surpreender e se encantar com o belo cenário formado pelas Quaresmeiras, que começam a florescer. O roxo vistoso das flores seduz e rouba a cena nos finais de tarde de verão em avenidas, praças e largos da cidade. Estas árvores florescerão até o final de março. Na área central e no Cemitério Saudades está a maior concentração de Quaresmeiras plantadas em perímetro urbano.
O engenheiro agrônomo e diretor de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades, Nilson Nogueira, explica que, na arborização urbana, a Quaresmeira, cujo nome científico é “Tibouchina granulosa”, tem fins paisagísticos, pela beleza de suas flores e por não apresentar raízes agressivas, o que permite o seu plantio em diversos espaços - em calçadas, pequenos bosques ou parques públicos.
As árvores, segundo Nogueira, têm crescimento rápido e trazem inúmeros benefícios, por exemplo, proporcionam uma bela paisagem e contribuem para melhorar o clima da cidade, além de produzir sombra, reter a poeira, servir de abrigo e fornecer alimentação para as aves da região onde se encontram e reduzir as ilhas de calor, oriundas do efeito estufa. “As Quaresmeiras embelezam a paisagem urbana e desempenham papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população”, destaca Nogueira.
Histórico
A origem do nome se deve ao fato de que parte da floração mais intensa é próxima ao período religioso da Quaresma, que vai da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa, período de reflexão para os católicos. Outra coincidência é a cor símbolo da Páscoa, o roxo. Porém, registros históricos revelam que as flores da planta eram usadas para ornamentar colares dos índios das praias de Paquetá (RJ), antes do ano de 1566.
Na mata nativa, as quaresmeiras vivem em média 70 anos, período esse reduzido drasticamente quando são plantadas em centros urbanos, já que o monóxido de carbono emitido pela combustão de veículos, o ozônio, a falta de adubação, podas drásticas e o pequeno espaço para absorção de água e nutrientes em seus canteiros comprometem sua longevidade. Além disso, esses fatores associados ao “stress” hídrico levam à floração, é nesse momento que as plantas “percebem” que terão vida mais curta e produzem mais flores para garantir mais sementes e mais descendentes. A floração é a forma de perpetuação da espécie. Nas Quaresmeiras, as mais velhas vão ficando cada vez mais exuberantes.
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