sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Aterro só tem mais 8 meses

(por Renata Caram, para o Jornal de Limeira)


Foto: Arquivo Jornal de Limeira
A fase atual do Aterro Sanitário de Limeira tem apenas mais oito meses de vida útil. O Jornal de Limeira apurou que a prefeitura já se movimenta para a implantação da terceira fase do local. "Estamos preparando a documentação. Esta fase deve ser utilizada por quatro anos", comenta o secretário de Meio Ambiente, Domingos Furgione Filho. Quanto ao novo aterro, ele deve ser implantado dentro de dois anos. E ficará do outro lado da via Jurandyr Paixão de Campos Freire - estrada que leva ao Horto Florestal.

O volume de lixo só cresce. No ano passado, foram 210.577 toneladas - a maior parte entulho. Só este tipo de material somou 109.401 toneladas. Em breve, porém, Limeira passará a reutilizar resíduos da construção civil. Agora, com a reutilização desse material, a vida útil do aterro deve aumentar. E muito.

A utilização depende antes de trâmites burocráticos - como processo licitatório -, segundo Domingos. E ela atende a uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). É a de número 307, que proíbe o armazenamento de materiais de construção em aterros sanitários.

Recentemente, a Prefeitura de Limeira obteve licenças da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Elas autorizam o depósito de material em áreas - sejam novas ou não. Uma delas é a ATT (Área de Transbordo e Triagem). Nela é separado o material que pode ser reaproveitado. Pedras, tijolos e cimento, por exemplo, fazem parte do grupo de inertes. "Eles podem ser moídos e transformados em areia", cita Domingos.

Atualmente, os resíduos sólidos são enterrados. Uma parte, porém, é usada dentro do aterro. Inclusive em estradas que dão acesso a ele. Agora, a ideia é usar em obras públicas ou sociais. Quando moído, o material pode ser usado na reforma de estradas rurais e em base para piso de asfalto. Em setembro do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou um substitutivo para regulamentar a coleta, triagem, reutilização, reciclagem e destinação de resíduos da construção civil.

A reutilização gera economia, traz ganhos para a saúde e o meio ambiente, além de aumentar a vida útil do aterro. É menos material a ser depositado no local.

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