Umidade relativa do ar abaixa em Limeira

Há duas semanas, somente
Bombeiros combatem queimadas
(Foto: Maurício R. Martins/JL)

Quem é que nunca disse estar "com o nariz ruim por causa do tempo seco"? Isso é bastante comum nesse período agora de inverno. E o principal causador do desconforto na respiração é a umidade relativa do ar.

Limeira já tem apresentado baixos índices de umidade relativa do ar. De acordo com a Faculdade de Tecnologia (FT), da Unicamp (campus I), ontem, dia 11, a mínima foi de 27%. O ideal é que esteja por volta dos 45%. Geralmente, o índice chega ao seu ponto mais baixo nos períodos quentes, como no início da tarde.

Segundo padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), índices de umidade relativa do ar entre 20% e 30% colocam a região em estado de atenção, entre 12% e 20%, em estado de alerta, e menor que 12%, alerta máximo.

E o tempo seco é um grande vilão das vias respiratórias, levando o corpo humano a apresentar com muito mais facilidade doenças respiratórias. O que agrava a situação da cidade são as queimadas, tanto em áreas verdes, como principalmente em canaviais do município, com atividade bastante intensa no setor sucroalcooleiro.

O controle desses focos de queimadas, quando tratamos do casos em áreas verdes e terrenos na zona urbana, tem uma parcela de responsabilidade da própria população. É essencial entender que não se deve atear fogo em áreas com mato ou lixo e conscientizar também aos outros. Outra parte fica com a Defesa Civil, que anualmente realiza campanhas, a chamada Operação Inverno, e o combate físico às queimadas.

Entretanto, este ano, ou pelo menos há duas semanas, a Defesa Civil em Limeira está em defasagem. Há duas semanas é o Corpo de Bombeiros quem tem atendido a todas ocorrências de queimadas a mato em áreas verdes e terrenos da cidade, já que o único caminhão pipa da Defesa está quebrado. A média é de três atendimentos por dia. Esta semana esse número chegou a seis casos.

O sargento do Corpo de Bombeiros, Fernando Barboza, diz que a tentativa é de orientar a população para evitar as queimadas. O problema é que o fato de deslocar uma viatura dos Bombeiros pode comprometer o serviço na corporação. 

"Quando vamos ao local, o fogo já acabou. O problema é que geralmente não são casos que oferecem risco, mas a fumaça incomoda e o cidadão nos aciona. Corre-se o risco da guarnição estar empenhada em uma ocorrência de mato alto quando acontecer um caso de risco, como fogo em residência", disse.