sábado, 11 de agosto de 2012

Sacolinhas podem "sumir" dos supermercados novamente

por Roxane Regly, para o Jornal de Limeira

Foto: Arquivo JL

Mais uma vez as sacolinhas plásticas podem deixar de ser distribuídas nos supermercados do Estado de São Paulo, a partir do dia 15 de setembro. Liminar da 1ª Vara Civel do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou um recurso do Walmart e cassou a decisão anterior, que obrigava a distribuição das sacolas de maneira gratuita.

Não havendo o dever, fica a critério do estabelecimento ofertar as sacolinhas ou vendê-las ao cliente. No caso de não mais oferecer gratuitamente o produto para transporte das compras, os supermercados têm o direito de cobrar até R$ 0,59 por unidade alternativa.

Segundo a decisão, voltarão a valer os termos do acordo entre governo e supermercados para o fim das sacolinhas. O desembargador Torres de Carvalho, que assina a decisão, entende que a cobrança da sacolinha não implica em custo excessivo ao consumidor, mas a distribuição gratuita acarreta em ônus desnecessário para aqueles que não as utiliza mais.

CONSCIENTIZAÇÃO
Para o presidente do Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos), Miguel Bahiense, o verdadeiro sentido da medida deveria ser o da conscientização ambiental, e não pela punição econômica. Bahiense diz que agora a intenção do instituto é abrir diálogo para orientar o cliente dos supermercados a respeito do consumo consciente do plástico.

"Insisto que o caminho bom para ambos os lados é o da educação: se os supermercados investirem em material de qualidade e orientar o consumidor a aproveitarem a sacola em sua total capacidade, de até 6 quilos, teremos um consumo reduzido, sem prejuízos ao cliente", exemplificou.

O gerente do supermercado Covabra, Dinael Scatolin, afirmou que a decisão do estabelecimento será sempre pautada de acordo com a lei, e com o acordo firmado com o governo. "Seguiremos rigorosamente o que o Ministério Público propor e o que estiver dentro da lei", destacou.

Scatolin enfatizou que, até o momento, o Covabra tem oferecido as sacolas oxibiodegradáveis e caixas de papelão, além de incentivar o uso de "ecobags" - as sacolas retornáveis. "Hoje em dia, a maioria de nossos clientes utilizam as sacolas retornáveis, que já se tornou um hábito em nosso supermercado", defendeu.
Ele acredita que outras embalagens também devam migrar para o material retornável, como acontece com os refrigerantes com embalagens de vidro ou plástico mais resistente, podendo ser reaproveitadas.

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