sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Umidade do ar sobe um pouco, mas ainda aspira cuidados


por Roxane Regly, para o Jornal de Limeira

(Foto: Roxane Regly/JL)
Hiroshi com medidor da umidade: ontem, 37%
A umidade relativa do ar em Limeira chegou a níveis preocupantes anteontem. A umidade registrada na cidade foi de 16,8% na quarta-feira, segundo medição da FT (Faculdade de Tecnologia), da Unicamp. Ontem, por volta das 15h30, chegou-se ao menor índice do dia, com a umidade em 37%.

Segundo o professor de hidrologia da FT, Hiroshi Yoshizane, com o aumento da nebulosidade a umidade do ar voltou a se recuperar. Um ciclone ao sul do Oceano Atlântico estava soprando ao contrário o vento que entrava no continente latino americano pela região do Pacífico, impedindo que a umidade chegasse à região. "Agora, esse ciclone perdeu intensidade e a umidade já está subindo novamente. Como está muito baixa (a umidade), as primeiras massas que chegarem à região vão secar, mas logo haverá a formação de chuva", explicou.

A condição climática pode levar a complicações respiratórias, ressecamento da pele e irritações nos olhos. Sinusite, pneumonia, rinite alérgica, asma, bronquite, gripes e resfriados são as doenças mais diagnosticadas neste período, principalmente em crianças e idosos.

Por isso, a recomendação ainda é manter os cuidados essenciais para o bem estar no período, já que a umidade relativa do ar ainda está muito próximo dos 30% e abaixo disso já é estado de emergência.
Entre os cuidados necessários, Hiroshi indica colocar uma toalha úmida na janela do quarto para dormir ou roupas molhadas para secar dentro de casa. "Só dessa maneira pode ocorrer a evaporação do ar e a umidificação do ambiente", observou.

Bacias de água podem ser perigosas para crianças e podem causar acidentes, caso alguém tropece nelas durante a noite, e não surtem o mesmo efeito das toalhas, pois a evaporação é mais difícil, explica Hiroshi. Os vaporizadores de ambiente também fazem o papel de umidificar o ar e melhorar o bem estar.
O professor lembra que as queimadas agravam muito o quadro de baixa umidade do ar. "Os gases emitidos durante a queimada tiram a umidade do ar e ainda, há partículas que ficam em suspensão, agravando problemas respiratórios", disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário